Ao longo dos anos, Craig Wright, cientista da computação australiano, afirmou ser o enigmático criador do bitcoin, conhecido pelo pseudônimo “Satoshi Nakamoto”. Essa afirmação foi contestada judicialmente pela Crypto Open Patent Alliance (Copa), uma entidade sem fins lucrativos composta por empresas de tecnologia e do setor de criptoativos.
Em uma decisão histórica, o tribunal superior britânico rejeitou a alegação de Wright. O juiz James Mellor afirmou que as provas demonstraram de forma clara que Wright não inventou o bitcoin, não é Satoshi Nakamoto e não foi o responsável pelas versões iniciais do software do bitcoin. A decisão completa, com todos os fundamentos, foi publicada posteriormente.
A decisão vai além da discussão sobre a verdadeira identidade de Satoshi Nakamoto, afetando processos judiciais em curso nos quais Wright reivindica direitos de propriedade intelectual sobre o bitcoin. A Copa alegou que Wright utilizou essa suposta autoria para intimidar e pressionar desenvolvedores da comunidade do bitcoin, o que pode ter prejudicado o avanço dessa tecnologia de código aberto.
O bitcoin surgiu em 2008, durante a crise financeira global. Um artigo publicado sob o pseudônimo Satoshi Nakamoto apresentou o conceito de uma moeda digital descentralizada, transferível anonimamente em escala global, sem depender de bancos ou moedas estatais. A identidade real de Nakamoto é alvo de especulações desde seu desaparecimento aparente em 2011.
Apesar dos questionamentos sobre seu criador, o bitcoin consolidou-se como a principal criptomoeda do mundo. Em outubro de 2025, cada bitcoin estava avaliado em mais de US$100.000, evidenciando uma valorização expressiva ao longo dos anos. Ainda assim, a moeda digital permanece no centro de debates: entusiastas destacam sua autonomia em relação ao sistema financeiro tradicional, enquanto críticos alertam para a volatilidade e riscos associados.
A decisão foi amplamente celebrada pela comunidade de criptoativos. Exchanges que já vinham rejeitando as alegações de Wright demonstraram alívio diante do desfecho judicial. Um porta-voz de uma grande corretora ressaltou a visão de descentralização proposta por Satoshi e a importância de o bitcoin não estar sob controle de uma única entidade.
A decisão do tribunal superior representa um marco na trajetória do bitcoin e do universo cripto. Ao rejeitar a reivindicação de Craig Wright como Satoshi Nakamoto, a corte não apenas encerrou uma disputa histórica, mas também preservou o caráter open source do desenvolvimento do bitcoin. O julgamento reforça a relevância da integridade e da transparência no mercado de criptoativos, podendo impactar futuros avanços do setor. A identidade do criador do bitcoin segue sem resposta, alimentando o mistério em torno da primeira e mais conhecida criptomoeda do planeta.
A identidade do criador do Bitcoin permanece desconhecida. Satoshi Nakamoto é um pseudônimo creditado pela criação, mas sua identidade nunca foi confirmada.
Se você tivesse investido US$1.000 em Bitcoin há 5 anos, hoje esse montante equivaleria a cerca de US$9.784, representando valorização expressiva e desempenho superior ao do mercado acionário tradicional.
Não existe um único detentor de 90% do Bitcoin. Os maiores volumes concentram-se entre investidores institucionais e pools de mineração, mas a propriedade está amplamente distribuída.
Satoshi Nakamoto, criador do Bitcoin, é considerado o maior detentor individual, com estimativa de 968.452 BTC, o volume mais expressivo registrado em uma única carteira.
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