Recentemente, reacendeu-se o debate sobre a eventual “queda do Bitcoin” nos mercados. Alguns analistas argumentam que, após sucessivas quebras de máximos históricos, o Bitcoin estará em território sobreaquecido. Caso o ambiente económico global se deteriore, aumentem as expectativas de subida das taxas de juro nos Estados Unidos e a liquidez se reduza, os investidores poderão adotar uma postura mais prudente. Esse contexto poderá desencadear uma correção de preços.
Gráfico: https://www.gate.com/trade/BTC_USDT
No início de setembro, o Bitcoin consolida-se em torno dos 112 000 $. Apesar de este patamar se revelar resiliente, o mercado arrefeceu em relação aos níveis máximos anteriores. Alguns investidores receiam que, se os fluxos de capital diminuírem, vendas em larga escala possam provocar uma nova ronda de quedas de preço. Por outro lado, a atividade institucional de compra persistente demonstra que o pessimismo não é uniforme no mercado.
Ao longo da sua trajetória, o Bitcoin registou várias descidas acentuadas de preço. Em 2013, o valor recuou de 1 000 $ para menos de 200 $; em 2018, durante o chamado Crypto Winter, o Bitcoin passou de 20 000 $ para 3 000 $; na crise de liquidez de 2022, perdeu metade da valorização em apenas alguns meses. Estes episódios ilustram a elevada volatilidade característica do Bitcoin.
“Medo e ganância” continuam a ser motores fundamentais da evolução do preço do Bitcoin. Com a subida das cotações, os investidores tendem a perseguir o momentum; nas quedas, o pânico pode desencadear vendas massivas. São sobretudo estas oscilações abruptas de sentimento, e não alterações fundamentais, que produzem a maioria das alegadas “quedas do Bitcoin”. Compreender esta dinâmica permite aos novos investidores abordar o mercado de modo mais racional.
Continua incerto se o Bitcoin enfrentará uma queda significativa. O que é certo é que a volatilidade é inerente ao Bitcoin. Os novos investidores devem evitar deixar-se influenciar por narrativas extremas do mercado e procurar, antes, um equilíbrio racional entre risco e retorno, recorrendo a estratégias disciplinadas.