
Fonte da imagem: https://www.terawulf.com/
Em 2025, a atenção dos investidores volta-se para as ações de empresas de mineração de criptomoedas—não para a mineração tradicional de ouro, mas para a conquista do “ouro digital”. Empresas como TeraWulf, Inc., Bitdeer Technologies Group e Greenidge Generation Holdings destacaram-se este ano com desenvolvimentos significativos e forte valorização. A análise seguinte identifica três motores essenciais para o renovado interesse nestas ações.
Quando o Bitcoin atinge máximos históricos, o potencial de lucros da mineração aumenta, reforçando diretamente a confiança nas ações do setor. Relatórios recentes indicam que a valorização do Bitcoin impulsionou fortemente o valor das ações das empresas de mineração.
Contudo, a dificuldade da rede também sobe, diminuindo o volume de Bitcoin extraído por PH/s (petahashes por segundo) e agravando a pressão sobre os custos. Por isso, os investidores devem acompanhar se a eficiência de mineração—medida pelo hashrate por unidade de energia ou custo—e o preço do Bitcoin evoluem em simultâneo.
As empresas tradicionais de mineração estão a capitalizar a sua capacidade de “energia e computação” para aplicações que vão além da mineração de Bitcoin. Por exemplo, apesar do forte crescimento das receitas da TeraWulf, o preço da sua ação variou após o fecho devido à transição para infraestruturas de computação de IA. Assim, o mercado começa a ver estas empresas como potenciais fornecedores de serviços de data center e computação, para além de mineradoras de criptomoedas. Esta evolução leva alguns investidores a redefinir o papel destas ações: não apenas produtoras de moeda digital, mas também grandes operadores de recursos computacionais.
O terceiro motor prende-se com os avanços regulatórios e ambientais, que têm beneficiado as ações do setor. Por exemplo, a Greenidge obteve uma renovação da licença ambiental em Nova Iorque, resolvendo anos de polémica ambiental e provocando uma valorização expressiva da ação.
Estes avanços regulatórios reduzem a incerteza sobre “riscos ambientais” e restauram a confiança dos investidores. Algumas jurisdições estão também a considerar a mineração como solução para excedentes de eletricidade ou como capacidade industrial de reserva, o que alimenta desenvolvimentos positivos e específicos no setor.
As ações de mineração implicam riscos. O preço da eletricidade e a depreciação dos equipamentos permanecem desafios críticos. Caso o preço do Bitcoin desça ou a dificuldade da rede aumente, as margens de lucro podem reduzir-se rapidamente. A concorrência está a intensificar-se, com mais empresas a entrar na mineração e na computação de alto desempenho, obrigando os operadores já estabelecidos a aumentar o investimento. Apesar do contexto regulatório mais favorável, podem surgir surpresas na fiscalização ambiental e nas políticas energéticas. Os investidores devem acompanhar atentamente os fundamentais das empresas nestes três domínios para gerir eficazmente o risco.
Para quem avalia investir em ações de mineração de criptomoedas, recomenda-se:
De forma geral, o impulso das ações de mineração à entrada de 2025 mantém-se sólido. Investidores que apostem na eficiência crescente da mineração, na transformação computacional e nos avanços regulatórios estarão bem posicionados para tirar partido das oportunidades futuras neste setor.





