

As redes de criptomoedas enfrentam diversos desafios de segurança, sendo que uma das ameaças mais relevantes é o ataque Sybil. Este artigo analisa a natureza dos ataques Sybil, o seu impacto nos sistemas de criptomoedas e as medidas implementadas para os combater.
Os ataques Sybil constituem uma exploração de segurança, na qual agentes maliciosos criam várias identidades falsas com o objetivo de sobrecarregar e manipular uma rede. O termo tem origem num estudo de caso sobre perturbação de identidade dissociativa, e estes ataques procuram infiltrar sistemas peer-to-peer (P2P) convencendo nós legítimos a confiar em identidades falsas. Esta vulnerabilidade é particularmente preocupante para criptomoedas descentralizadas, que operam em redes sem confiança nem permissões.
Os ataques Sybil geram confusão e desconfiança nos protocolos P2P. Classificam-se em dois tipos:
Ataques Sybil diretos: O atacante cria múltiplas identidades falsas ou nós para adquirir influência e manipular o funcionamento da rede.
Ataques Sybil indiretos: O agente malicioso corrompe um número reduzido de nós legítimos, recorrendo a estes como intermediários para disseminar informação falsa na rede.
Em ambos os casos, o objetivo é assumir controlo dos processos de decisão da rede e comprometer a sua integridade.
Os ataques Sybil podem provocar graves consequências nas redes de criptomoedas:
Ataques de 51%: Ao controlar a maioria dos nós, o atacante pode reescrever dados de transação, reorganizar blocos ou realizar double-spending.
Manipulação de votações: Várias identidades falsas distorcem os procedimentos de votação democrática em organizações autónomas descentralizadas (DAO).
Manipulação de mercado: Contas Sybil em redes sociais podem inflacionar artificialmente a procura por determinadas criptomoedas, causando distorções no mercado.
Ataques DDoS: Em combinação com táticas de distributed denial-of-service, os ataques Sybil perturbam a eficiência da rede e provocam interrupções.
Apesar de não ser possível eliminar completamente os ataques Sybil, os desenvolvedores de blockchain recorrem a várias estratégias para mitigar este risco:
Protocolos de identidade descentralizada: Tecnologias como soulbound tokens (SBTs) garantem verificação de identidade não duplicável nem transferível.
Zero-knowledge proofs: Permitem aos nós comprovar a sua legitimidade sem revelar informações sensíveis.
Requisitos de verificação de identidade: Certas blockchains implementam procedimentos para verificar a identidade dos operadores de nós.
Sistemas de reputação de nós: Atribuem pontuações de confiança com base no histórico e comportamento dos nós, desencorajando práticas maliciosas.
Os ataques Sybil constituem uma ameaça séria à segurança e integridade das redes de criptomoedas. À medida que o ecossistema cripto evolui, os desenvolvedores continuam a implementar soluções inovadoras para contrariar estes ataques. Compreender a natureza dos ataques Sybil e as medidas de prevenção é essencial para garantir a confiança e fiabilidade dos sistemas descentralizados. Apesar dos desafios existentes, o progresso constante na segurança blockchain reforça a perspetiva de um futuro mais resiliente e seguro para as criptomoedas.
Um ataque Sybil em criptomoedas pode consistir na criação de múltiplas identidades falsas para manipular votações no sistema de governação de uma rede blockchain.
Entre as proteções anti-Sybil encontram-se proof-of-work, proof-of-stake, sistemas de reputação e verificação de identidade. Estes mecanismos dificultam que agentes maliciosos criem múltiplas identidades falsas para manipular a rede.











