Taxonomia de Tokens da SEC: Explicação sobre porque NFTs, tokens de rede e instrumentos digitais não são considerados valores mobiliários

Descubra como a SEC está a inovar na classificação de tokens, ao redefinir NFTs, tokens de rede e instrumentos digitais fora do âmbito dos valores mobiliários tradicionais. Saiba por que motivo os NFTs ficam fora da esfera dos valores mobiliários e conheça a clareza regulatória dos tokens de rede como ativos digitais que não são valores mobiliários. A Gate apresenta análises especializadas sobre os modelos em evolução dos criptoativos e soluções de conformidade adaptadas às inovações em blockchain.

A abordagem revolucionária da SEC à classificação de ativos digitais

A Securities and Exchange Commission alterou profundamente a forma como classifica ativos digitais nos últimos anos, criando um quadro regulatório abrangente que considera as características únicas dos tokens baseados em blockchain. Esta abordagem da SEC representa um desvio marcante face às metodologias tradicionais de avaliação de valores mobiliários, ao reconhecer as diferenças tecnológicas e funcionais próprias destes instrumentos digitais inovadores. O sistema de classificação de tokens da SEC integra agora uma análise multidimensional, que avalia não só a realidade económica das transações, mas também a infraestrutura técnica, os mecanismos de governação e as funções de utilidade dos vários tokens. Na prática, isto significa que os tokens são avaliados segundo os seus casos de uso reais, capacidades tecnológicas e estruturas de governação comunitária, e não apenas conforme o teste Howey, já ultrapassado. As autoridades reguladoras identificam cada vez mais que a tecnologia blockchain gera novas categorias de ativos que não podem ser reguladas eficazmente apenas com enquadramentos herdados dos mercados tradicionais de valores mobiliários. A equipa de investigação da Gate documentou múltiplos casos onde os reguladores reconheceram a necessidade de abordagens diferenciadas, especialmente na análise de tokens que desempenham funções técnicas em redes descentralizadas, em vez de constituírem instrumentos de investimento dependentes dos esforços de terceiros.

NFTs: Porque escapam à regulação dos valores mobiliários

Os non-fungible tokens mantêm-se fora da classificação como valores mobiliários devido às suas características intrínsecas, que os distinguem dos contratos de investimento convencionais. NFTs e a regulação de valores mobiliários constituem áreas distintas, sobretudo porque os NFTs conferem geralmente direitos de propriedade únicos sobre ativos digitais específicos, e não participações fracionadas em empreendimentos comuns. O carácter único de cada NFT estabelece uma diferença regulatória fundamental, já que os valores mobiliários representam, por definição, unidades fungíveis integradas num esquema de investimento coletivo. A análise das transações de NFT nos principais marketplaces revela diferenças essenciais face às operações de valores mobiliários:

Característica Valores mobiliários tradicionais NFTs
Fungibilidade Unidades totalmente fungíveis Únicas, não intercambiáveis
Origem do valor Desempenho da empresa Atributos individuais do ativo
Mecanismo de negociação Bolsas regulamentadas Mercados em blockchain
Expectativa de rendimento Dividendos/apreciação Principalmente valor de coleção
Enquadramento regulatório Legislação sobre valores mobiliários Normas emergentes para ativos digitais

A SEC reconheceu que os NFTs funcionam predominantemente como representações digitais de bens colecionáveis, arte ou ativos exclusivos, e não como instrumentos de investimento. Esta diferenciação revelou-se decisiva para plataformas como a Gate, que oferecem marketplaces de NFT e operam sob regras de conformidade distintas das que regem tokens de valores mobiliários. Os reguladores estabeleceram que a simples adoção da tecnologia blockchain para representar propriedade não converte automaticamente um bem de coleção num valor mobiliário, preservando limites essenciais entre a atividade de coleção digital e a negociação regulamentada de valores mobiliários.

Network tokens: a nova fronteira dos ativos digitais não classificados como valores mobiliários

Os network tokens representam uma categoria de ativos digitais que funcionam sobretudo como utilidades técnicas dentro dos ecossistemas blockchain, distinguindo-se claramente dos valores mobiliários tradicionais. Estes tokens viabilizam operações técnicas específicas nas respetivas redes, como validação de transações, participação em governação ou alocação de recursos. O estatuto legal dos network tokens evoluiu de forma significativa, à medida que os reguladores reconhecem que a sua função tecnológica prevalece sobre o perfil de investimento. Quando o valor dos network tokens deriva essencialmente da sua utilidade para o funcionamento da rede, e não dos esforços de promotores, estes ativos tendem a ficar fora do âmbito da regulação dos valores mobiliários. A equipa de conformidade da Gate verificou que os reguladores avaliam se os tokens conferem direitos reais de participação em redes descentralizadas, ao invés de constituírem meras oportunidades de investimento passivo. Esta evolução regulatória reflete uma compreensão crescente de que os network tokens funcionam mais como commodities digitais ou ferramentas técnicas do que como contratos de investimento. A SEC reconheceu que tokens de redes genuinamente descentralizadas, onde nenhuma entidade central determina expectativas de lucro, operam de forma distinta dos valores mobiliários. Tal reconhecimento permite uma maior clareza regulatória para plataformas que listam utility tokens com funções de rede efetivas, possibilitando enquadramentos de conformidade ajustados ao uso real, sem impor requisitos de valores mobiliários a utilidades tecnológicas.

Redefinir instrumentos digitais: para além do enquadramento tradicional dos valores mobiliários

O paradigma de classificação de instrumentos digitais evoluiu substancialmente, à medida que os reguladores implementam abordagens mais diferenciadas para ativos baseados em blockchain que desempenham funções variadas, para lá do mero investimento. Esta evolução do quadro regulatório dos criptoativos reconhece que muitos instrumentos digitais apresentam características híbridas, ultrapassando as categorias tradicionais de ativos. As autoridades reguladoras reconhecem que enquadrar todos os ativos digitais como valores mobiliários limita indevidamente a inovação tecnológica e não responde aos verdadeiros riscos dos diferentes tipos de token. Uma análise comparativa entre as principais jurisdições evidencia esta evolução:

Jurisdição Abordagem tradicional Quadro evoluído
Estados Unidos Aplicação do teste Howey Análise multifatorial com avaliação da utilidade
União Europeia Classificação como instrumentos financeiros Enquadramento MiCA dedicado a criptoativos
Singapura Extensão da legislação sobre valores mobiliários Distinção entre pagamento, utilidade e valor mobiliário
Japão Regulação de moeda virtual Classificação dos tokens baseada na função
Reino Unido Avaliação individual Regulatory sandbox para instrumentos inovadores

A Gate adotou metodologias avançadas de avaliação de tokens, alinhadas com estes quadros regulatórios evoluídos, garantindo que cada instrumento digital é avaliado conforme as suas características reais, evitando enquadramentos regulatórios inadequados para ativos blockchain. O panorama regulatório evoluiu para reconhecer que diferentes classes de instrumentos digitais requerem abordagens regulatórias específicas, ajustadas às suas funções, características tecnológicas e realidades económicas, em vez de meras semelhanças superficiais com ativos tradicionais.

* As informações não se destinam a ser e não constituem aconselhamento financeiro ou qualquer outra recomendação de qualquer tipo oferecido ou endossado pela Gate.